quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

hate me...

Desaba cada sonho de vidro
que parte num chão de nada...
Inerte, ouço cada som
que ao longe se reproduz repetidamente
e envolvo-me,
em nostalgias inquietas, com o tempo.
O meu corpo padece
sob a sombra da minha alma.
Esmorece-se o meu ser
nas entrelinhas das minhas lágrimas...
Afogo-me em significados
e na ausência de mim mesma,
continuo a gritar que me deixes ir,
sem contestações,
sem perguntas...
Irei, com a duvida da certeza...
Orgulho-me de ti...
E espero que me perdoes...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Guarda-Chuvas...

Mais uma vez, na idade dos porquês... Posso argumentar que especialistas dizem que devemos libertar a criança que há em nós, mas como eu nunca deixei de ser criança (ou infantil, segundo contactos próximos), não tem qualquer problema!
O meu porquê recai nos guarda-chuvas. Isto, porque eu, D.refilona I, fui obrigada a sair de casa para ir assinar a treta duns papéis à universidade.
Chovia e eu não tive tempo de levar um guarda-chuva. Chovia e os idiotas que tinham guarda-chuvas não os abriam... Um atentado à minha paciência! E não querendo ser insensível com ninguém, gostaria de perceber porque é que, quando chove, algumas pessoas não abrem o guarda-chuva. Para isso, mais valia não o levarem... Seja como for, enquanto corria atrás do comboio que já não apanhava, comecei a pensar no assunto (se calhar foi por isso que não o apanhei...)
A minha justificação incide sobre uma espécie de complexo qualquer em usar guarda-chuva. Talvez por uma questão de orgulho (?) ou de imagem (??)... ok...também pode ser por pura preguiça...
Como poderei estar a exagerar ou simplesmente a não perceber o assunto, clarifiquem-me!

out of...me


sábado, 17 de janeiro de 2009

Porque é que...

Este post vai ser ligeiramente diferente dos outros, isto, porque eu regressei à idade dos porquês, e não percebo certas situações que estão intimamente relacionadas com a mentira. Passo a perguntar:
Porquê é que um individuo que comete um crime se considera no momento do ocorrido e em consciência, culpado, mas mais tarde, quando novamente questionado pelo mesmo acto, tende a mentir?
E porque é que um indivíduo que esteja envolvido numa situação mais leve – não considerada crime – não hesita em fazê-lo?
Poderei considerar que as pessoas têm uma tendência para a mentira e talvez a usem como forma de protecção de si mesmos ou dos outros, contudo, não consigo perceber a dialéctica acima referida…

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mais um ano...











Mais um ano que passou...
Mais um dia... mais uma hora...
Deixa-me ficar a dormir,
para que não passe mais...
Continuo indecisa...
à espera que o tempo pare...
Mas vai continuar a passar...
e vai-me arrastar com ele!
Poderei não querer estar mais?
Não quero, e tenho medo...
Desejo-o, e não o consigo...
Grito, e silencio-me...
Engulo em seco,
mais um ano que passou...
e que não devia ter passado...
Mais um dia...
Mais uma hora...
Estarei, para nunca estar...