quarta-feira, 26 de março de 2008

lua minha


Naquela lua branca-prateada
morre o meu olhar...
morre o meu pensamento...
naquela lua,
-dona do céu-
tudo morre...

quinta-feira, 20 de março de 2008

à tua espera...

e o dia passou...
passou e não apareceste...
não que eu já não soubesse
não que tu o pudesses adivinhar...
mas no meu pensamento de filha
esperava-te...
em vão, eu sei...
esperava pelo quebrar do silencio
dessa tua palavra,
escrita nos meus olhos de orgulho
para os teus olhos ... de pai!

Um beijo suave, sara

segunda-feira, 17 de março de 2008

Hora após hora

Por cada hora que passa
uma,
mais pálida que a outra
num sonho efémero
trespassa
a realidade esmorecida
numa emensidão de palavras,
vazias...

domingo, 16 de março de 2008

incompreensão

Naquela meia duzia de palavras
que ninguem compreende
(nem mesmo eu própria)
deixei-me levar...
porque o que importa
não é o significado de cada palavra
mas a profundidade com que cada um a sente
e o sentido
de nenhum sentido fazer!

O que é morrer?

talvez eu não soubesse
talvez o meu corpo ali jazesse
absorvido no enleio
da minha imaginação

Por cada segundo
apressado e vago,
julgara-me morta ...
...abandonara a compreensão
num mundo fictício...

sábado, 15 de março de 2008

tudo acabou em ... nada

Não me disseste uma única palavra,
deixaste-me acreditar
em tantas mentiras, em tantos sonhos
tornados ilusões...
achaste importante passar essa imagem...
de importancia, de fortaleza, de protecção
mas eu só queria o teu abraço,
o teu respeito,
o teu carinho,
a tua companhia...
tudo isso agora findou...
e não volta mais...
e de todos esses erros e enganos...
sabes o que restou?
nada mais que o vazio...
valeu a pena?!

sexta-feira, 14 de março de 2008

labirinto sem fim...



Viver, tornou-se um hábito
e não mais do que isso...

...repito-me numa constância
de tempo, de palavras, de vida...

... e num grito mudo, calado
a imaginação trespassa
um sorriso de loucura!

nada de tão pouco

Dói!
De já nada sentir...
...em que o nada é
simplesmente nada
e o vazio...
se tornou tão vazio
que já não se consegue ver o fundo!

quinta-feira, 13 de março de 2008

ebulição de sentimentos

Por apenas uma palavra
um gesto, um movimento
por somente uma lágrima
aprisionada...
e a raiva saltitando cá dentro
num pranto de desespero
No meio da euforia,
dos risos perdidos
eu choro...
Por uma vida inevitável
condeno-me,
e sou condenada...

quem sou eu?

adormecera durante a tarde, no conforto a que o sofá da sala remetia...passava pouco das 20h quando acordei, pensava eu que seriam umas 5h da manha! acordara estranhamente vazia...sonhara com qualquer coisa...e com nada...estava perdida no espaço, no tempo, na minha insignificância... tudo me era estranho, e eu, era somente o resultado da sombra que a luz apagara...

Escrevo...apenas

Escrevo só por escrever...
Escrevo sem nada para dizer...
porque por palavras não consigo descrever
o sentimento que me envolve
Porque por palavras não posso explicar
o sentimento que me consome
E, por isso,
escrevo só por escrever...

sem sentidos...

desmaia o coração
na ausência dos sentidos
numa indecisão
entre o sim e o não...
morre! cai morto...
corpo pesado...
numa imensidão de nada
deixa-te levar
pela palidez...
na vastidão do desejo
sem coragem
num sono eterno
de um adeus...cansado!