quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Forgive me…


Jamais poderia esquecer…
…aquele dia indefinido …
…aquelas horas infindáveis …
…aquele desejo que não podia ser…
E a contrabalançar tudo,
meramente um sonho vazio…
Tentei ser correcta,
mas o meu anseio é imperdoável…
Escondo-me na minha culpa
e nos meus segredos.
Deixar-me-ei levar pela insanidade
do que não percebes
e já não quero mais saber…
Apenas jazem lágrimas de esperanças desiludidas
e a vontade desassossegada de tão pouco…
Uma mão de ninguém sufoca-me lentamente,
e por meias palavras digo-te
o que não te quero dizer por palavras inteiras.
Não olhes mais para mim,
deixa-me cair no teu esquecimento…
Quebro as amarras,
afogo-me nos meus pensamentos
e sucumbo em mim mesma.
O nevoeiro cai frívolo …
no silêncio da minha sombra.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"A Criança Que Não Queria Falar"

Do cinema ao ar livre, embrenho-me agora em sossegadas leituras em casa e, após não ler nada durante uns tempos, findo Não te cases, papá! de Fina Casalderrey, falaram-me de um livro que desde logo me deixou “com a pulga atrás da orelha”! O título seduziu-me e o livro em nada ficou aquém das minhas expectativas.

A criança que não queria falar, de Torey Hayden, é um espectacular livro que retrata “ a história verídica e comovente da relação entre uma professora que ensina crianças com dificuldades mentais e emocionais e a sua aluna, Sheila, de seis anos, abandonada por uma mãe adolescente e que até então apenas conheceu um mundo onde foi severamente maltratada e abusada. Relatada pela própria professora, Torey Hayden, é uma história inspiradora, que nos mostra que só uma fé inabalável e um amor sem condições são capazes de chegar ao coração de uma criança aparentemente inacessível. Considerada uma ameaça que nenhum pai nem nenhum professor querem por perto de outras crianças, Sheila dá entrada na sala de Torey, onde ficam as crianças que não se integram noutro lugar. É o princípio de uma relação que irá gerar fortes laços de afecto entre ambas, e o início de uma batalha duramente travada para esta criança desabrochar para uma vida nova de descobertas e alegria.”

Apesar do turbilhão de coisas que tenho para organizar, li-o de uma assentada só e, para além de considerar ser um livro extremamente interessante, despoleta-nos variadas emoções e pensamentos, e dá-nos uma maior consciencialização no que refere aos temas abordados.
Basicamente, é daqueles livros que valem a pena ler e descobrir!
Boas leituras!