segunda-feira, 7 de abril de 2008

Aquela parede branca...

Olho para aquela parede branca
olho e olho
e espero uma
resposta, à pergunta
que a alma não faz
o coração já não sabe
e a boca não se digna a responder...
Fere-me os olhos
tão grande brancura,
tão grande monotonia
daquela parede que eu olho...
E sou apunhalada
dia após dia
na lentidão de cada segundo
múltiplas vezes... tantas!...
que perco a noção de mim
e em mim, morro....
no silêncio
daquela parede branca!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Peso da dúvida


não sei mais de mim
do nada que sou...
ou do que jamais serei;
e na minha vida,
em que nada rima,
vou sendo escrava
...da dúvida da certeza
de querer desaparecer...
quero fugir...
e poder ficar aqui
sossegada... no vazio...
para nunca mais ninguém lembrar...
para me poder esquecer...