Olho para aquela parede branca
olho e olho
e espero uma
resposta, à pergunta
que a alma não faz
o coração já não sabe
e a boca não se digna a responder...
Fere-me os olhos
tão grande brancura,
tão grande monotonia
daquela parede que eu olho...
E sou apunhalada
dia após dia
na lentidão de cada segundo
múltiplas vezes... tantas!...
que perco a noção de mim
e em mim, morro....
no silêncio
daquela parede branca!
Eleições II
Há 9 anos